As receitas da área da Construção aumentaram 18,5% para 1.966,9 milhões de euros em 2022. Por área geográfica, em Espanha o volume de negócios diminuiu 1,7%, para 870,1 milhões de euros. Na Europa e noutros mercados, o volume de negócios cresceu 19,7% face ao ano anterior e atingiu os 501,7 milhões de euros, devido sobretudo ao desenvolvimento da autoestrada A-9 na Holanda e da A-465 no País de Gales (Reino Unido), que compensaram o menor contributo de outras obras, como a prisão de Haren, na Bélgica, já concluída.

Na América, o volume de negócios cresceu significativamente para 434,2 milhões de euros, mais 107,1% que no ano anterior, em grande medida suportado pelo maior contributo do projeto do Comboio Maia no México, a par do progresso sustentado de obras como o Túnel de Toyo na Colômbia, o túnel de Lima Metrô no Peru e o início do RER-3 em Toronto (Canadá).

Os projetos no Oriente Médio permitiram uma expansão da faturação da empresa de 7,6%, para 156,7 milhões de euros. Destaca-se a obra do Metro de Riade, que prolongou a sua conclusão até abril de 2024, fruto de um contrato adicional para a FCC Construcción de mais de 200 milhões de euros, ao qual se juntará com maior atividade no futuro, a recente e relevante adjudicação de um túnel ferroviário na região de Neom, no noroeste do país.

A área da Construção contribuiu com quase 10% do EBITDA do Grupo FCC no final do ano, aumentando a margem bruta de exploração em 19,7% para atingir os 122,8 milhões de euros face aos 102,6 milhões de euros no final do ano anterior. Este aumento baseia-se na evolução das receitas em conjunto com regularizações ascendentes na margem do grau de adiantamento de alguns projetos internacionais. Assim, a margem operacional bruta no ano fiscal de 2022 atingiu 6,2%.

Por seu lado, o resultado líquido registado foi de 89,4 milhões de euros que compara com 71,1 milhões de euros no ano anterior, refletindo a evolução positiva da área da construção.

A carteira de rendimentos alcançou no final de dezembro 6.586 milhões de euros, um aumento assinalável de 65,4%. A carteira aumentou na generalidade, mas de forma mais acentuada na área Internacional, sobretudo devido aos novos contratos assinados como o Túnel Neom na Arábia Saudita, a ponte Sotra na Noruega, os novos contratos ferroviários na Roménia e a fase do RER -3 no Canadá, além dos incrementos do Metro de Riyadh e do Trem Maya no México.